20 Janeiro 2010

 

Um observador da Amnistia Internacional vai assistir a parte do julgamento da Dra Aafia Siddiqui,acusada de tentativa de homicídio e ataque ao exército norte-americano no Afeganistão, em 2008. O julgamento teve início em 19 de Janeiro, no Distrito em Manhattan, Nova Iorque.
A Dra. Siddiqui, uma neurocientista paquistanesa, foi detida na província de Ghazni, no Afeganistão, no dia 17 de Julho de 2008. Aquando da detenção trazia consigo, alegadamente, material relativo à construção de armas biológicas. No dia seguinte, quando as autoridades norte-americanas se dirigiram ao local da detenção para a interrogar, Aafia Siddiqui surgiu detrás de uma cortina e começou a disparar uma arma pessoal contra o exército norte-americano.

A Dra Siddiqui viveu nos Estados Unidos da América de 1991 a 2002. Em 2003, foi colocada na lista de pessoas com ligações à Al-Qaeda e após regressar ao Paquistão, em Janeiro do mesmo ano, desapareceu. A Amnistia Internacional suspeita que Aafia Siddiqui esteve detida num estabelecimento prisional secreto da CIA.

O interesse da Amnistia Internacional no acompanhamento do julgamento centra-se na possibilidade de avaliar a equidade do processo, tendo em conta as muitas questões não resolvidas que cercam o caso. Embora seja claro que o julgamento irá fornecer informações sobre o paradeiro da Dr. Siddiqui antes de 17 de Julho de 2008, continua a haver dúvidas sobre as circunstâncias imediatas que conduziram às acusações. A organização não tomará posição sobre a equidade do processo nesta fase.

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