24 Setembro 2012

Com o início do ano académico, dezenas de estudantes universitários no Irão foram interrogados ou detidos arbitrariamente nas últimas semanas, marcando um aumento na repressão sobre os estudantes que se tem vindo a sentir desde maio deste ano.

Os principais alvos são as mulheres (tendo sido banidas de algumas áreas de estudo), minorias religiosas e ativistas, sendo proibidos de continuar a estudar ou condenados a penas de prisão por ofensas anteriores frequentemente relacionadas com o exercício pacífico dos direitos de liberdade de expressão, associação e reunião.
 
Desde agosto, a Amnistia Internacional documentou vários casos de estudantes intimados a cumprir penas de prisão ou impedidos de prosseguir os estudos no ensino superior, temendo que muitos outros estudantes se encontrem também em perigo de serem vítimas de perseguição, e apela às autoridades e administrações das universidades iranianas que ponham fim a estas práticas discriminatórias e que libertem imediatamente os estudantes que a Amnistia Internacional considera prisioneiros de consciência.
 
Ann Harrison, Diretora-adjunta do Programa da Amnistia Internacional para o Médio Oriente e Norte de África, afirma que “ao banir os estudantes dos seus estudos com base no género, crenças ou ativismo pacífico, as autoridades iranianas estão a violar as suas obrigações perante o direito internacional”.
 
“As autoridades iranianas devem reconhecer que os estudantes – como toda a gente no Irão – têm o direito a expressar pacificamente as suas opiniões, juntos ou em associação, e a manifestar-se pacificamente, incluindo para expressarem críticas ao governo”, acrescenta.

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