25 Setembro 2017

A Administração do Presidente Donald Trump procedeu a uma revisão da ordem executiva de proibição de entrada nos Estados Unidos de pessoas oriundas de vários países, passando a incluir agora cidadãos oriundos da Síria, Iémen, Líbia, Irão e Somália e também da Coreia do Norte, da Venezuela e do Chade.

“Desde que esta proibição foi adotada há dez meses, vimos famílias a serem separadas e países inteiros a serem demonizados pelos crimes cometidos por apenas algumas pessoas. A ordem [executiva] foi uma catástrofe não apenas para quem procura segurança, mas também para aqueles que simplesmente querem viajar, trabalhar ou estudar nos Estados Unidos. A revisão agora feita [no domingo, 24 de setembro] não alivia essa tensão nem mantém ninguém seguro”, avalia a diretora de Campanhas da Amnistia Internacional Estados Unidos, Naureen Shah.

A perita da organização de direitos humanos lembra que “não é porque a proibição original era especialmente ultrajante que devemos aceitar agora mais uma nova versão de discriminação sancionada pelo Estado”. “É cruel e não faz sentido nenhum proibir por completo nacionalidades de pessoas que frequentemente fogem da mesma violência que os Estados Unidos querem manter fora. Isto não pode ser normalizado”, insta ainda.

Naureen Shah explica que “numa altura em que o mundo inteiro enfrenta a maior crise de refugiados desde a II Guerra Mundial, a Administração dos Estados Unidos não deve tomar medidas que possam encorajar outros países a instituírem proibições ainda mais amplas em cima dos já onerosos processos de verificação que vão fechar as portas a pessoas desesperadas em busca de segurança”.

Uma e outra vez vimos esta Administração ir contra os valores básicos de decência e de dignidade na ajuda a pessoas que são alvo de opressão, e continuaremos a documentar os efeitos dessa conduta nas vidas de homens, de mulheres e de crianças do mundo inteiro. Esta proibição não pode prevalecer sob forma nenhuma”, remata a diretora de Campanhas da Amnistia Internacional Estados Unidos.

Agir Agora
  • 80 milhões

    80 milhões

    Em 2020, existiam mais de 80 milhões de pessoas que foram forçadas a sair do seu local de origem devido a perseguição, violência, conflito armado ou outras violações de direitos humanos.
  • 26 milhões

    26 milhões

    No final de 2020 estimava-se a existência de 26 milhões de refugiados no mundo.
  • 45 milhões

    45 milhões

    Mais de 45 milhões de pessoas foram forçadas a deixar as suas casas permanecendo dentro do seu próprio país (deslocados internos).
  • 4 milhões

    4 milhões

    Estima-se que existam mais de 4 milhões de pessoas em todo o mundo consideradas "apátridas" – nenhum país as reconhece como nacional.

Eu acolho (petição encerrada)

Eu acolho (petição encerrada)

Resolver a crise global de refugiados pode começar com quatro palavras: Eu acolho os refugiados! Assine o nosso manifesto.

10762 PESSOAS JÁ AGIRAM
Assinar Petição

Artigos Relacionados