8 Novembro 2012

 

As autoridades judiciais e prisionais iranianas devem por fim aos maus-tratos à iraniana Nasrin Sotoudeh, diz a laureada com o Nobel da Paz Shirin Ebadi juntamente com seis organizações de Direitos Humanos. Juntos apelam por jornalistas, advogados e defensores de Direitos Humanos detidos somente pela sua atividade pacífica – nenhuma destas pessoas devia estar na prisão. É urgente que todos tenham acesso a cuidados médicos e visitas da família.

 
Desde a sua detenção em 2010, Nasrin Sotoudeh, uma advogada de Direitos Humanos de 47 anos e mãe de dois filhos, a quem foi atribuído o Prémio Sakharov para a Liberdade de Pensamento no passado dia 26 de outubro, tem sido mantida em regime de solitária e impedida regularmente de falar com a sua família. 
 
As autoridades prisionais iranianas têm, nos últimos meses, negado a outros prisioneiros políticos visitas regulares dos seus entes queridos e acesso a tratamento médico adequado. O acesso ao direito a aconselhamento jurídico é também cada vez mais difícil para prisioneiros políticos, pois muitos advogados encontram-se a cumprir penas de prisão, acusados de defenderem os seus clientes. Tanto a lei iraniana como a lei internacional requerem que as autoridades prisionais forneçam as necessidades básicas a todos os prisioneiros, que lhes permitam visitas regulares – incluindo visitas de membros da família –, e que os tratem com dignidade e respeito.

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