Numa breve cerimónia com a presença da vereadora da cultura, Catarina Vaz Pinto e da Presidente da Amnistia Internacional Portugal, Lucília-José Justino, foi hoje inaugurado o jardim da Amnistia Internacional. A placa foi descerrada ao som de “O Jardim da Paz”, poema que Teresa Rita Lopes escreveu para a ocasião.
O Jardim da Paz
Teresa Rita Lopes Há palavras que rimam pelo som e pelo sentido: flor amor fervor. Estou certa de que o Primeiro Homem ofereceu uma flor à Primeira Mulher. E sempre os jardins foram símbolo de beleza e de benevolência sítios onde o homem esquece que é mortal e feroz e fere e mata quando calha. Nos jardins o corpo e a alma dão as mãos e longamente namoram a ouvir os pássaros. Nas cidades os jardins são a casa dos pássaros. Os jardins são como a poesia: as palavras que os dicionários arregimentam voam de lá como borboletas e poisam na folha branca a compor o poema segundo uma ordem que ninguém sabe quem deu. Se as prisões fossem jardins as pessoas saíam de lá melhores e não piores como sempre acontece. Se os quartéis fossem jardins as espingardas seriam entupidas com cravos como numa revolução de que todos nos orgulhamos. Sempre o homem situou num jardim o Bem e a Felicidade. Já temos o jardim do Éden, agora passaremos a ter também o Jardim da Paz: este que aqui viemos baptizar. Amnistia e paz não rimam com flor pelo som mas rimam ah sim! pelo sentido! |
Jardim Amnistia Internacional
Localização:
O Jardim situa-se entre a Rua de Campolide, a Avenida José Malhoa e a Rua Cardeal Saraiva. Ver aqui .
Transportes:
Metro, estação: Sete Rios (mais perto) ou Praça de Espanha
Carris, carreiras: 701 e 758