21 Outubro 2011

A morte do coronel Khadafi poderia encerrar um capítulo na história da Líbia, marcada pela repressão e pelos abusos, mas segundo a Amnistia Internacional, a história não termina aqui.

“O legado de repressão e de abusos do regime de Khadafi não irá cessar enquanto não houver a responsabilização total pelos acontecimentos do passado e sem que os direitos humanos estejam integrados nas novas instituições da Líbia”, afirmou Hassiba Hadj Sahraoui, Vice-Director da Amnistia Internacional para o Norte de África e Médio Oriente.

“A morte do coronel Khadafi não deve impedir que as vítimas do seu regime na Líbia obtenham justiça. Os muitos oficiais líbios suspeitos de graves violações dos direitos humanos cometidas durante e antes da revolta deste ano, incluindo o escandaloso massacre na prisão de Abu Salim em 1996, devem ser responsabilizados pelos seus crimes”.

“As novas autoridades devem romper totalmente com a cultura de abusos instaurada durante o regime do coronel Khadafi e iniciar as reformas ao nível dos direitos humanos de que o país tanto necessita”.

A Amnistia Internacional apelou ao CNT que tornasse pública a informação acerca da morte de Khadafi, disponibilizando todos os factos ao povo líbio.

A organização afirmou ser essencial conduzir um inquérito completo, independente e imparcial para estabelecer as circunstâncias da morte do coronel Khadafi.

A Amnistia Internacional apelou ao CNT para assegurar que todos os suspeitos de abusos dos direitos humanos e de crimes de guerra, incluindo o círculo próximo e os familiares do coronel Khadafi, sejam tratados humanamente e, se forem capturados, tenham julgamentos justos.

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