Esta petição foi encerrada.
Em Portugal, mais de 52 mil pessoas assinaram esta petição e todas as assinaturas foram enviadas, em vários envios ao longo dos meses de março e novembro de 2022, para a Embaixada da Federação da Rússia, em Lisboa.
Muito obrigada pela vossa ação.
Em baixo, pode recordar o apelo da Amnistia Internacional.
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(Petição atualizada no dia 20 de junho de 2022.)
À medida que a guerra continua, na sequência da invasão da Ucrânia pela Rússia, a Amnistia Internacional tem documentado crimes cometidos pelas forças russas, incluindo ataques ilegais, morte intencional de civis, tortura e execuções extrajudiciais. Assine este apelo e exija às autoridades russas que ponham um ponto final a este ato de agressão e a estes ataques sistemáticos contra civis.
Às 05:00h da manhã do dia 24 de fevereiro, as pessoas na Ucrânia acordaram com a notícia de que o seu país estava a ser invadido pelas forças militares russas. Durante a noite, tanques russos entraram no país e verificaram-se ataques em múltiplas direções.
À medida que a guerra continua, as violações de direitos humanos e os crimes de guerra são expostos a cada dia que passa. Foram destruídos bairros residenciais em lugares como Borodyanka, através de ataques desproporcionais e indiscriminados que deixaram milhares de pessoas sem casa. Em cidades como Bucha, Andriivka, Zdvyzhivka e Vorzel, os investigadores da Amnistia Internacional recolheram provas e testemunhos de mortes ilegais, incluindo aparentes execuções extrajudiciais. Algumas das vítimas tinham as suas mãos atadas atrás das costas, outras mostravam sinais de tortura. Também as colunas de carros que transportavam milhares de civis, incluindo crianças, foram atacadas.
Ao fazer uso da força contra outro Estado, sem qualquer justificação legal, a Rússia violou, de forma flagrante, a Carta das Nações Unidas e iniciou uma catastrófica crise de direitos humanos sobre as pessoas na Ucrânia. Além disso, esta agressão também já impactou os direitos humanos de muitas outras pessoas por todo o mundo, afetando as cadeias de abastecimento alimentar e gerando um aumento dos preços da energia. A Federação Russa deve parar imediatamente com este ato de agressão contra a Ucrânia e com todos os crimes de guerra. Todas as pessoas responsáveis devem ser apresentadas à justiça, em julgamentos justos.
Juntos sabemos que temos o poder para pressionar as autoridades russas a terminarem com estas violações de direitos humanos.
Juntos, vamos unir-nos para ajudar a proteger as pessoas na Ucrânia.
Assine esta petição dirigida ao Ministro da Defesa da Federação Russa e exija que a Rússia termine com esta agressão imediatamente, que proteja os civis e respeite o Direito Internacional.
Todas as assinaturas serão enviadas pela Amnistia Internacional de forma regular.
Caso queira saber mais sobre tudo o que a Amnistia Internacional tem feito no âmbito da invasão militar da Ucrânia pela Rússia, clique aqui.
Texto da carta a enviar
Caro Ministro da Defesa da Federação Russa,
Serguei Shoigú,
Escrevo para apelar ao respeito pelo Direito Internacional, à proteção dos civis e ao fim da agressão russa à Ucrânia.
Desde que a invasão russa começou, no dia 24 de fevereiro, a Amnistia Internacional tem documentado a escalada de violações do Direito Internacional Humanitário e do Direito Internacional de Direitos Humanos, incluindo os ferimentos e a morte de civis, como resultado de ataques indiscriminados a áreas civis e infraestruturas.
Ataques a áreas protegidas, como hospitais e escolas, o uso de explosivos com ampla área de alcance, como os mísseis balísticos e artilharia em áreas civis, e o uso de armas proibidas como as bombas de fragmentação, podem constituir crimes de guerra. Todos os perpetradores destes crimes devem ser responsabilizados.
A Federação Russa está a atuar numa clara violação às suas obrigações ao abrigo do Direito Internacional. As suas ações estão claramente contra as regras e os princípios sobre os quais as Nações Unidas foram fundadas. E tem abusado da sua posição enquanto membro permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, de forma a proteger-se de qualquer responsabilização.
Novamente, apelo a que respeite o Direito Internacional, proteja as vidas de todos os civis e termine com esta agressão contra a Ucrânia.
Atentamente,
Letter content
Dear Minister of Defence,
Sergey Shoygu,
I am writing to call on you to respect international law, protect civilians, and stop Russian aggression in Ukraine.
Since the Russian invasion began on 24 February, Amnesty International has been documenting the escalation in violations of international humanitarian and human rights law, including the killing and injuring of civilians resulting from indiscriminate attacks on civilian areas and infrastructure.
Strikes on protected objects such as hospitals and schools, the use of explosive weapons with wide area effects, such as ballistic missiles and artillery in civilian areas, and the use of banned indiscriminate weapons such as cluster bombs, may constitute war crimes. All perpetrators must be held to account.
The Russian Federation is acting in clear breach of its obligations under international law. Its actions are blatantly against the rules and principles on which the UN was founded. And it is abusing its position as a permanent member of the UN Security Council to shield itself from accountability.
Once again, I call on you to respect international law, protect civilians and stop the aggression against Ukraine.
Sincerely,