30 Maio 2012

A expulsão de diplomatas sírios por parte de vários países ocidentais expressa de certa forma a indignação mundial pelas mortes em Houla, mas é necessário que seja tomada uma ação concreta por parte do Conselho de Segurança da ONU, e que a China e a Rússia parem de proteger as autoridades sírias, afirma a Amnistia Internacional.

“Podemos apenas esperar que os acontecimentos na Síria aumentem a pressão sobre as autoridades do país e que levem a uma ação concreta por parte do Conselho de Segurança da ONU”, afirma Philip Luther, Diretor para o Programa do Médio Oriente e Norte de África da Amnistia Internacional.

“Este acontecimento horrível é mais um motivo pelo qual a Rússia e a China devem parar de proteger as autoridades sírias”.

“Em vez disso, a Rússia, a China e os restantes membros do Conselho de Segurança devem encaminhar urgentemente a situação da Síria para o Procurador do Tribunal Penal Internacional e exigir que as autoridades sírias permitam o funcionamento da Comissão de Inquérito Independente e Internacional, apelos que a Amnistia Internacional tem vindo a fazer há meses.

“Além de que, todos os estados devem procurar exercer a jurisdição universal nos seus tribunais nacionais no que diz respeito a crimes contra a humanidade e crimes de guerra cometidos na Síria”.

Morreram 108 pessoas em Houla – a maioria executada sumariamente, de acordo com a ONU.

Na terça-feira, a Austrália, o Canadá, a França, a Alemanha, a Itália, a Holanda, a Espanha, o Reino Unido e os EUA agiram e expulsaram os embaixadores sírios.

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