11 Janeiro 2022

A prisão militar na Baía de Guantánamo continua a permitir que sejam praticadas graves violações de direitos humanos pelo Governo dos Estados Unidos da América (EUA). No dia que marca o 20º aniversário da abertura do centro de detenção a 11 de janeiro de 2001, Daphne Eviatar, diretora do Programa de Direitos Humanos com Segurança da Amnistia Internacional dos EUA, recordou:

“Este é um aniversário que nunca deveria ter sido alcançado. Desde a administração Bush, tem existido acordo entre especialistas em segurança nacional e todo o espetro político para que a prisão de Guantánamo – um notório local de tortura e detenção injustificada por tempo indeterminado – seja encerrada.

“Quanto mais tempo a prisão estiver em funcionamento, mais tempo ela continuará a comprometer a credibilidade dos EUA em matéria de direitos humanos a nível internacional”

Daphne Eviatar

“O Presidente Joe Biden deve respeitar o seu compromisso de encerrar Guantánamo de uma vez por todas. Quanto mais tempo a prisão estiver em funcionamento, mais tempo ela continuará a comprometer a credibilidade dos EUA em matéria de direitos humanos a nível internacional”.

 

Contexto

Guantánamo continua a manter 39 homens muçulmanos numa evidente perpetuação da islamofobia e do racismo, vinte anos após o seu estabelecimento numa base militar offshore, na sequência dos ataques de 11 de setembro. Nenhum destes homens recebeu um julgamento justo e continuam detidos por tempo indefinido, em violação do devido processo legal e de outros direitos humanos internacionalmente reconhecidos.

As comissões militares de Guantánamo não conseguiram fazer justiça às vítimas e sobreviventes dos ataques do 11 de setembro, tendo negando, ao mesmo tempo, o processo justo aos acusados.

A Amnistia Internacional EUA está a promover vários eventos e ações públicas destinadas a incitar o Presidente Biden a encerrar a prisão de Guantánamo este ano.

Artigos Relacionados