1 Julho 2017

A aprovação na Alemanha da igualdade no casamento, firmando legalmente todos os direitos para todos os casais – independentemente do género ou da orientação sexual –, incluindo o de adoção, constitui um triunfo, avalia a Amnistia Internacional.

“É uma vitória para a igualdade e um tributo ao empenho dos ativistas na Alemanha que desde há muito tempo lutam arduamente para alcançar a igualdade para quem quer aceder ao casamento”, sublinha o diretor da Amnistia Internacional para a Europa, John Dalhuisen. “Esta decisão, há muito devida, de anular as barreiras profundamente discriminatórias, significa que o casamento – e os direitos que lhe são inerentes – é finalmente uma realidade para todos os casais na Alemanha”, prossegue.

Com a aprovação feita esta sexta-feira, 30 de junho, “a Alemanha torna-se no 23º país a reconhecer o casamento entre pessoas do mesmo sexo e envia uma mensagem muito clara ao mundo de que as pessoas gay e lésbicas têm de ter os mesmos direitos que todas as outras, assim como a total e igual proteção da lei”, frisa ainda o perito da organização de direitos humanos.

“Encorajamos a Alemanha a continuar a proteger e a concretizar os direitos das pessoas LGBTI [lésbica, gay, bissexual, transgénero e intersexual]. E tal deve incluir tornar o reconhecimento legal de género acessível para as pessoas transgénero e pôr fim às cirurgias invasivas, irreversíveis e sem carater de urgência das crianças intersexo”, remata John Dalhuisen.

  • 10 países

    Ainda são 10 os países em que a sentença máxima para atos sexuais consensuais entre adultos do mesmo sexo é a pena de morte.
  • 4x

    No Canadá, as mulheres indígenas têm 4 vezes mais probabilidades de serem assassinadas do que as outras mulheres.
  • 1M+

    Mais de um milhão de pessoas em todo o mundo fizeram uma campanha bem-sucedida em defesa da libertação de Meriam Yehya Ibrahim em 2014. Esta cristã sudanesa fora condenada à morte por enforcamento por ter abandonado a sua religião.

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