13 Julho 2017

A morte do Nobel da Paz Liu Xiaobo, esta quinta-feira, 13 de julho, é a perda de um gigante dos direitos humanos que lutou incansavelmente pelo avanço das liberdades fundamentais na China, avalia a Amnistia Internacional.

“Hoje lamentamos a perda de um gigante dos direitos humanos. Liu Xiaobo era um homem de fortíssimo intelecto, princípios, inteligência e, acima de tudo, humanidade”, sublinha o secretário-geral da Amnistia Internacional, Salil Shetty. “Ao longo de décadas, ele lutou incansavelmente para o progresso dos direitos humanos e das liberdades fundamentais na China. E fê-lo face à mais implacável e frequentemente brutal oposição por parte do Governo chinês. Uma e outra vez tentaram silenciá-lo, uma e outra vez falharam. Apesar de ter sofrido anos de perseguição, de repressão e de prisão, Liu Xiaobo continou a lutar pelas suas convicções”, recorda ainda.

Salil Shetty frisa também que “apesar de [Liu Xiaobo] ter morrido, tudo aquilo que ele defendia perdura”. “O maior tributo que agora lhe podemos fazer é continuar a luta pelos direitos humanos na China e reconhecer o poderoso legado que ele nos deixa. Graças a Liu Xiaobo, milhões de pessoas na China e por todo o mundo foram inspirados a defender a liberdade e a justiça face à opressão”.

“Estamos solidários com a mulher, Liu Xia, e outros membros da família, que sofreram uma perda imensurável. E agora temos de fazer tudo o que podermos para pôr fim à detenção domiciliária e vigilância ilegais de Liu Xia e garantir que ela não continua a ser perseguida pelas autoridades”, remata o secretário-geral da Amnistia Internacional.

  • 10 milhões

    Existem cerca de 10 milhões de pessoas presas no mundo inteiro, em qualquer momento.
  • 3,2 milhões

    Estima-se que 3,2 milhões de pessoas que se encontram na prisão ainda aguardem julgamento.

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