26 Abril 2023

 

  • Amnistia Internacional – Portugal distribuiu mais de mil cravos no Desfile comemorativo do 25 de abril em Lisboa, com casos de pessoas que perderam a sua liberdade
  • Ação replicou-se de norte a sul do país

 

Para assinalar o Dia da Liberdade, a 25 de abril, a Amnistia Internacional – Portugal distribui 1001 cravos no Desfile comemorativo em Lisboa, cujo percurso se estendeu do Marquês de Pombal ao Rossio, pela Avenida da Liberdade. Por todo o país, a ação foi replicada pelos grupos de ativismo da Amnistia Internacional, que participaram nos desfiles do Porto e de Coimbra. Paralelamente, existiu distribuição de mais cravos por estes grupos em Estremoz, Viseu e Porto.

Cada cravo, que nos representa a liberdade, foi acompanhado de um caso de uma pessoa que, por defender a liberdade de expressão e de manifestação pacífica, acabou por perder a sua. Todos os casos fazem parte da campanha Protege a Liberdade da Amnistia Internacional, que pretende promover a liberdade de expressão e de manifestação pacífica, e apoiar movimentos sociais que atuam por mudanças positivas na esfera dos direitos humanos e pessoas em perigo.

Cada cravo, que nos representa a liberdade, foi acompanhado de um caso de uma pessoa que, por defender a liberdade de expressão e de manifestação pacífica, acabou por perder a sua

Um pouco por todo o mundo, a liberdade de expressão e de manifestação pacífica têm sido ameaçadas por governos e autoridades que, em vez disso, as deveriam proteger. São vários os exemplos de manifestantes, ativistas e defensores dos direitos humanos que foram alvo de vigilância, vítimas do uso indevido da força, censura, estigmatização, julgamentos injustos, prisão, tortura, perseguição e até morte. Só em 2022, segundo dados da Front Line Defenders, foram mortos 401 defensores de direitos humanos. Também o número de jornalistas mortos aumentou no ano passado, totalizando 57, de acordo com dados da organização Repórteres sem Fronteiras.

Só em 2022, segundo dados da Front Line Defenders, foram mortos 401 defensores de direitos humanos

“Distribuídos com estes cravos, estão os casos de Chow Hang-Tung; Gustavo Gatica; Vahid Afkari; as Mães de Sábado; e Cecillia Chimbiri, Joanna Mamombe e Netsai Marova, pessoas cuja vida foi impactada pela repressão à sua liberdade de expressão e de manifestação pacífica. Enquanto o artigo 1o da Declaração Universal dos Direitos Humanos defende que ‘Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos’, a realidade internacional continua a afrontar o direito que cada um e cada uma têm em pedir, receber e partilhar informação e ideias, sem medo nem interferência ilegal. É preciso celebrar a liberdade e relembrar que ela não é um privilégio, é um direito”, conclui Paulo Fontes, diretor de campanhas da Amnistia Internacional – Portugal.

“É preciso celebrar a liberdade e relembrar que ela não é um privilégio, é um direito”

Paulo Fontes

Fotografias do desfile em Lisboa:

 

As mensagens da Amnistia Internacional – Portugal relacionadas com a campanha Protege a Liberdade

 

A distribuição dos cravos com os casos da campanha Protege a Liberdade

 

Milhares de pessoas juntaram-se na Avenida da Liberdade para celebrar o dia 25 de abril

 

As mensagens dos cartazes da Amnistia Internacional – Portugal

 

As mensagens dos cartazes da Amnistia Internacional – Portugal

 

As mensagens dos cartazes da Amnistia Internacional – Portugal

 

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