A Amnistia Internacional – Portugal realizou este sábado, 19 de março, uma manifestação de solidariedade pela Ucrânia, em frente à Embaixada da Rússia, em Lisboa. A organização voltou a apelar ao fim da invasão russa, a um cessar-fogo imediato, à proteção das vidas de todos os civis na Ucrânia e ao restabelecimento da paz.
Por se assinalar o Dia do Pai, este foi também um dia de família, por isso a organização convidou todos, dos mais novos aos mais velhos, a comparecer com os seus parentes e amigos, demonstrando a sua solidariedade para com os civis ucranianos que continuam em perigo no país, para quem se viu obrigado a separar dos seus familiares, e para quem, mesmo à distância, assiste à invasão do seu país e ao desrespeito diário e constante pelos direitos humanos.
A manifestação iniciou-se com um discurso de Pedro A. Neto, diretor executivo da Amnistia Internacional – Portugal, que nos reafirmou a urgência da paz ao contar a história de Maria Guryeva, um testemunho real que lembra a dor da separação familiar sentida por tantas pessoas na Ucrânia. Houve espaço para partilha de declarações solidárias e apelos para o fim desta invasão, com discursos de Inna Ohnivets, embaixadora da Ucrânia em Portugal, e muitos dos participantes. No fim, dezenas de vozes juntaram-se no apelo em uníssono “Juntos pela Paz”, uma forte mensagem além fronteiras.
Em Portugal, tem sido evidente a preocupação com o conflito, assim como a vontade de que o mesmo termine imediatamente. A Amnistia Internacional – Portugal já enviou 20.000 assinaturas para a Embaixada da Rússia em Lisboa e para o Ministro da Defesa da Federação Russa, Serguei Shoigú, que pedem o fim deste ato de agressão, a proteção das pessoas na Ucrânia e o respeito pelo Direito Internacional. A petição, que ainda se encontra disponível, conta já com mais de 37.600 assinaturas, sendo uma das mais assinadas, desde sempre, em Portugal.
“[…] Permanecemos comprometidos para com a missão fundamental da proteção dos direitos humanos, prosseguimos a investigação a estas persistentes violações, e mantemo-nos firmes nos apelos, quer pela segurança dos civis em solo ucraniano, quer por um cessar-fogo”
Pedro A. Neto
“Os ataques indiscriminados a áreas civis, como vimos por exemplo em Chernihiv ou Izium, e que podem ainda vir a ser estabelecidos como crimes de guerra, têm originado milhares de feridos e mortos inocentes e provocado ainda milhões de deslocados e refugiados. No nosso trabalho, permanecemos comprometidos para com a missão fundamental da proteção dos direitos humanos, prosseguimos a investigação a estas persistentes violações, e mantemo-nos firmes nos apelos, quer pela segurança dos civis em solo ucraniano, quer por um cessar-fogo, tardio por todas as vidas que já se perderam, mas mais urgente que nunca. É necessária a paz e, neste momento atual de esperança, onde existe possibilidade de chegar a um acordo para o fim do conflito, a Amnistia Internacional recorda a importância de todos e todas seguirem com a suas fortes mensagens de paz e solidariedade” refere Pedro A. Neto, diretor executivo da Amnistia Internacional – Portugal.
Juntos, faremo-nos ouvir pela paz.
A manifestação reuniu dezenas de participantes
Manifestantes com a bandeira da Ucrânia entoam o hino ucraniano
Naquele que era o Dia do Pai, foi notória a participação de diversas famílias
Manifestantes com os seus próprios cartazes
Manifestantes com os seus próprios cartazes
Manifestante com as mensagens da Amnistia Internacional
Durante a manifestação, foram vários os apelos de solidariedade e paz
Pedro A. Neto, diretor executivo da Amnistia Internacional – Portugal em declarações aos media
Inna Ohnivets, embaixadora da Ucrânia em Portugal, participou na manifestação